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A virada do ano é o momento em que fazemos um balanço de nossos projetos e nossas realizações e nos preparamos para alcançar nossos objetivos no ano que se inicia. No meu caso, uma das mais iportantes metas a serem alcançadas é chegar entre os finalistas da Molokai 2 Oahu, uma prova que representa para mim um desafio em vários aspectos. É uma competição de superação e dedicação.
Só quem faz a prova e passa pela a linha de chegada sabe do que estou falando. Nossa vida muda em função dessa prova. E a retrospectiva de tudo o que eu fiz nos seis meses que antecedem a corrida se resume em acordar cedo, treinar muito, sentir dor em todo o corpo e nunca desistir.
Agora, começo a me preparar para repetir essa rotina, pois o início do ano é também o início dos treinos direcionados à M2O. É onde eu devo estudar todos os meus erros para que não sejam repetidos nessa prova que é muito técnica e bastante dura. Mas não é só isso. Exige também conhecimento de correntes marítimas, ventos, ondulações e depende, também, da escolha de um bom capitão e um boa equipe de apoio. Diria que um bom resultado na M2O depende em 50% do remador e 50% do capitão e do time no barco de apoio.
Ainda assim, tudo pode acontecer. São 32 milhas de mar aberto com correntes variadas que podem enganar até os mais experientes. Foi o que aconteceu em 2013 (clique aqui). O australiano Travis Grant ganhou mas sequer foi filmado! Pois todos estavam de olho no Connor Baxter e no Kai Lenny, que eram os favoritos e contavam com um "dream team" na equipe de apoio. No entanto, nem mesmo a experiência dos favoritos conseguiu superar as traiçoeiras correntes do Canal dos Ossos.
Pra mim essa prova é mais a glória do que qualquer coisa! Terminar entre os três melhores ou terminar a prova em segurança não tem preço! Espero ver mais e mais brasileiros aqui na M2O em 2014, para que eles vejam não só a dificuldade e superem seus limites, mas também para botarmos mais pressão nos Gringos.