A presença constante de ventos nos meses de verão havaiano fazem de Maui a meca do SUP downwind. Nessa época do ano, sobretudo no mês de julho, os melhores remadores do mundo nesta modalidade de SUP se dirigem para o Havaí visando competir em provas como Maui2Molokai, Maliko Run e, no dia, 27 de julho, encerrando a temporada, a temida Molokai2Oahu (M2O), considerada a prova mais difícil do mundo.
São 54 Km de percurso, em mar aberto, pelo temido "Ka'iwi channel" que separa ilhas de Maui e Molocai, em que os remadores enfrentam as mais variadas condições de mar, que vão de ventos favoráveis, contrários, ondulações e muita correnteza. A atleta baiana Babi Brazil, tricampeã brasileira de race, fará a sua estreia nessa competição e vem se preparando desde o início do ano para não só vencer o desafio que é competar uma prova dessas mas, também, consquistar um bom resultado. A caminho do Havaí, onde embarca nesta terça-feira, 08, ela conversou com Nicole Saback, do site SUPBA.com.br, sobre suas expectavias para a temporada. Confira:
Como foi a sua preparação no período que antecedeu a prova – principalmente a rotina de treinos e exercícios físicos?
Essa é a prova mais importante do ano, meu treino para essa prova foi todo organizado e planejado com o Marcelo Affonso, que é o meu treinador.
Sigo uma planilha específica de treinos, que variam entre intervalados e contínuos, além do treino muscular. Em todos os dias da semana tenho treinos, menos um dia que é dedicado ao descanso. Sigo uma dieta específica e personalizada, elaborada pelo nutricionista Daniel Cady.
Você embarcará vários dias antes da prova. Como está a sua programação de treinos no Havaí até o grande dia?
Estou embarcando 22 dias antes da prova. Esse período é de adaptação ao local, à prancha, a alimentação local, ao mar, enfim, é um conjunto de variáveis que fazem a diferença na competição. Também acontecem provas menores nesse período e quero participar para ir me acostumando com a situação de competir lá.
Quais os equipamentos que serão utilizados na prova?
O equipamento principal é a prancha. A prancha usada para atravessar o canal é totalmente diferente das pranchas que uso aqui. São pranchas feitas especialmente para Downwind, onde se surfa ondas oceânicas a favor do vento. O tamanho varia entre 14 e 21 pés e as pranchas têm leme, o que ajuda na navegação, por se tratar de pranchas grandes. Vou usar uma SIC Bullet 17’4”.
Quais as maiores dificuldades da prova?
Acredito que a maior dificuldade seja vencer o cansaço, pois são 54 Km de prova. É preciso ter boa leitura do mar e das ondas para conectar cada uma e manter uma velocidade boa. O capitão do barco de apoio tem que ser experiente e traçar uma rota que não prejudique a colocação.
Esta prova é muito desgastante para o atleta. Como você está programando a reposição de energia durante o percurso?
Já tenho experiência com longas remadas, a exemplo do trecho Salvador – Morro de São Paulo (mais de 60 Km), que já fiz 3 vezes. A suplementação inclui muita água, gel de carboidratos, isotônicos e se der fome, sanduíche de atum com cebolinha.
Quem são as principais adversárias?
Acho que as principais adversárias são as havaianas, já que são muito experientes, possuem as melhores pranchas, contratam capitão experiente e treinam o ano inteiro no local da prova.
Qual a sua expectativa em termos de desempenho?
A minha expectativa é ir para o pódio e principalmente me divertir durante a prova!
SAIBA MAIS
Fique por dentro da participação dos atletas brasileiros na temporada havaiana de downwind 2014 conferindo as reportagens especiais de Gustavo Ratones para o SUPCLUB.com.br:
A caminho da temporada havaiana
